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Os Ocultistas e seus Segredos (Jeffrey Nyquist – 14/12/2021)

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yayınlandı 12 May 2025 / İçinde Diğer

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Os Ocultistas e seus Segredos (Jeffrey Nyquist – 14/12/2021)

“Se o irreal do ponto de vista físico, ou seja, a mente, define toda a nossa realidade, certamente aquilo que é finalmente verdadeiro deveria ter uma natureza metafísica, efêmera, abstrata, não física, em vez de uma natureza ‘sólida’, imposta, verificável.”
— Nigel Kerner Grey Aliens and the Harvesting of Souls
“Ambas as visões, a materialista e a espiritualista, são preconceitos metafísicos. Concorda mais com a experiência supor que a matéria viva tem um aspecto psíquico, e que a psique tem um aspecto físico.”
— Carl Jung Flying Saucers: A Modern Myth of Things Seen in the Sky
“Demonologia não é apenas mais uma maluquice disfarçada de ciência. É o estudo antigo e erudito dos monstros e demônios que aparentemente coexistem com o homem ao longo da história. Milhares de livros foram escritos sobre o tema, muitos deles de autoria de clérigos educados, cientistas e estudiosos, e um número incalculável de eventos demoníacos bem documentados está prontamente disponível para qualquer pesquisador. As manifestações e ocorrências descritas nessa imponente literatura são semelhantes.”
— John A. Keel, Why UFOs
Estamos vivendo numa era materialista. Mesmo os religiosos acreditam na “evolução” e na “ciência”. Diz-se que a realidade coincide com a matéria. Diz-se que o espírito coincide com a superstição. Diz-se que a mente é epifenomenal, a ilusão da consciência resultante de reações químicas no cérebro. Parte-se do princípio de que, quando o cérebro morre, a mente é extinta. Todas as soluções preferidas são soluções materiais. Raramente nos damos ao trabalho de considerar que o nosso “mundo material” foi há muito tempo negado pela Segunda Lei da Termodinâmica (isto é, a entropia). A realidade material está morrendo. Sempre esteve morrendo. Portanto, o universo material não poderia ter existido desde sempre; isto é, a menos que algo não físico (isto é, espiritual) tenha sempre existido para sustentá-lo.
Há mais de trinta anos, um doutorando em física me perguntou se eu acreditava em magia. A ciência da física, disse ele, estava se movendo na direção do oculto. De fato, a física estranha do “bizarro quântico” está avançando, mesmo agora, através de conceitos como o “emaranhamento quântico”, que — por mais estranho que pareça — se assemelha ao trabalho de feiticeiros que praticam vodu. Em suas investigações psiquiátricas, o Dr. Carl Jung descobriu a existência de “entidades psíquicas autônomas” que ele chamou de “arquétipos”. Elas apontam para um reino “além da fronteira, além dos limites do conhecimento”. As pesquisas de Jung mostraram que, do nosso lado dessa fronteira, encontramos números e quantidade. Do outro lado, encontramos essas entidades se manifestando “em padrões a priori”. Eis a explicação para “fenômenos como os símbolos dos sonhos”. No entanto, essas entidades, acrescentou Jung, podiam produzir “relativizações notáveis de tempo e espaço que simplesmente não podem ser explicadas causalmente. São os fenômenos parapsicológicos que resumi sob o termo ‘sincronicidade’...”.
A mudança gradual da ciência em direção ao oculto é mais evidente quando se trata da investigação dos OVNIs. O público leigo imagina que os OVNIs (também conhecidos como discos voadores) são naves espaciais pilotadas por visitantes extraterrestres. O investigador científico, porém, descobre que os OVNIs produzem efeitos psíquicos com alto grau de estranheza. Por exemplo: os alienígenas dos OVNIs supostamente usam telepatia para se comunicar. Avistamentos de OVNIs têm sido correlacionados com atividade poltergeist. Como observou John A. Keel, “a verdadeira história dos OVNIs deve englobar todas as muitas manifestações que estão sendo observadas. É uma história de fantasmas e aparições e estranhas aberrações mentais; de um mundo invisível que nos rodeia e ocasionalmente nos engole; de profetas e profecias, de deuses e demônios.” Aqui, a orientação materialista do público o afasta da verdade. O público não pensa mais em fadas, elementais, jinn, anjos ou demônios. Não acreditamos nessas coisas. As pessoas de hoje se entusiasmam com Eram os Deuses Astronautas, de Erich von Däniken, descartando prontamente a realidade de inteligências sobrenaturais. O público se sente desconfortável com a ideia de que magos antigos invocavam deuses ou demônios, construíam templos para eles, construíam ídolos para que os habitassem, e lhes ofereciam sacrifícios.
Em um capítulo intitulado “Os Pierrôs Cósmicos”, Keel comparou o fenômeno dos OVNIs ao “grande conflito invisível entre Deus e o Diabo”. Ele acrescentou: “Um aspecto importante, mas pouco explorado, do fenômeno dos OVNIs é, portanto, teológico e filosófico, mais do que puramente científico. O problema dos OVNIs jamais poderá ser desvendado por físicos e cientistas, a menos que sejam homens instruídos nas artes liberais, na teologia e na filosofia.” Keel então acrescentou: “Satanás e seus demônios fazem parte do folclore de todas as raças...”.
Jacques Vallée, que estudou os OVNIs por décadas, não acredita que eles sejam naves espaciais. Em primeiro lugar, explicou ele, há pousos demais. Com base nos relatos registrados, Vallée calculou que houve “não menos que” três milhões de pousos de OVNIs em um período de vinte anos. “Esse número é totalmente absurdo”, observou ele. Um simples satélite, em órbita elevada, poderia recolher todos os dados necessários sobre a Terra sem ser visto por ninguém. Vallée então chegou à seguinte conclusão perturbadora: “Ou os OVNIs selecionam suas testemunhas por razões psicológicas ou sociológicas, ou eles são algo inteiramente diferente de veículos espaciais. Em ambos os casos, suas aparições são encenadas.”
Vallée tem uma hipótese sobre isso: “Proponho que existe um sistema de controle espiritual da consciência humana, e que fenômenos paranormais como os OVNIs são uma de suas manifestações.” Como cientista, Vallée está preocupado com o fato de esse sistema de controle estar nos empurrando para uma nova era das trevas e uma nova religião. Ele há muito deseja entender o que está acontecendo. Sentindo-se desconfortável com a própria hipótese, Vallée escreveu: “Gostaria de sair do labirinto do condicionamento e ver o que o faz funcionar. Fico imaginando o que encontraria. Talvez uma terrível monstruosidade sobre-humana cuja mera contemplação enlouqueceria uma pessoa? Ou a simplicidade enlouquecedora de um maquinismo abandonado.”
A tese de Charles Upton sobre os OVNIs deriva da teologia tradicional. A evidência dos OVNIs, segundo ele, é evidência de “elementais” ou “espíritos”. Esses vivem no plano etérico. De acordo com Upton, “Alguns dos habitantes desse [plano etérico] são melhor descritos como demônios.” Upton, portanto, leva a sério a afirmação do Pe. Serafim Rose “de que o objetivo da grande expansão do fenômeno OVNI após a Segunda Guerra Mundial foi preparar psiquicamente o terreno para o advento do regime do Anticristo, especialmente porque... a crença em massa em OVNIs... tem sido um fator-chave no renascimento pagão/ocultista que tão obviamente enfraqueceu e minou as religiões do mundo.”
Uma Nova Religião para Uma Nova Era
O fisioterapeuta Felix Kersten, que operava sua mágica terapêutica para o Reichsführer-SS Heinrich Himmler, relatou um incidente curioso enquanto viajava no trem de Himmler durante a Segunda Guerra Mundial. Descobriu que havia um vagão-biblioteca nesse trem composto inteiramente por livros religiosos. Kersten ficou atônito. Himmler era religioso? O Reichsführer-SS explicou com ironia que Hitler lhe pedira para formar uma nova religião. Esses livros, acrescentou Himmler, eram essenciais para essa tarefa. A ideia era substituir gradualmente o cristianismo por uma nova fé. Para isso, os nazistas começaram a adulterar os ensinamentos cristãos com algo que chamavam de “cristianismo positivo”. O Ministro para Assuntos Eclesiásticos, Hans Kerrl, declarou: “O cristianismo positivo não depende do Credo dos Apóstolos” nem da “fé em Cristo como filho de Deus.” O cristianismo positivo exaltava Hitler como “o arauto de uma nova revelação.” Em essência, “o legado do judaísmo” devia ser removido “tanto do dogma quanto da tradição eclesial.” A seguinte história ilustra como isso funcionava: Em junho de 1937, um adolescente e líder de esquadrão da Juventude Hitlerista, chamado Fritz Brüggemann, escreveu a Himmler pedindo conselho teológico. O jovem ficou perturbado com um discurso nazista que ouvira, no qual Jesus era descrito como judeu. Isso era realmente verdade? Ele teria ouvido certo? O assistente pessoal de Himmler, Rudolf Brandt, respondeu ao jovem com as seguintes palavras: “O Reichsführer tem a opinião de que Cristo não era judeu. Você certamente deve ter entendido mal o orador.”
O objetivo de Hitler era transformar o cristianismo em uma fé completamente diferente — com ele próprio como messias. Assim como os socialistas trabalharam para, burocraticamente, tornarem-se “pequenos deuses”, o Partido Nazista empenhou-se em divinizar Adolf Hitler como o salvador providencial da Alemanha e da raça ariana. O projeto comunista e o projeto nazista são movimentos negativos: ou seja, essas novas fés tentaram refazer o mundo por meio da destruição, do assassinato em massa e do caos; ou, como diria um marxista, por meio da “negação da negação.” Em termos da alquimia hermética, o primeiro estágio da transformação é o “enegrecimento.” Para fazer uma nova ordem, destrói-se a antiga. Assim, o uniforme da SS era preto, e a bandeira nazista — como a bandeira soviética — tinha um fundo vermelho-sangue (o que simboliza o estágio final da transformação em preto, branco e vermelho). No centro estava a suástica, um símbolo solar — que Hitler virou ao contrário (se a considerarmos como uma espiral), significando uma revolução em sentido oposto. [Diz-se geralmente que a suástica nazista é voltada para a direita e gira no sentido horário, mas se considerarmos o movimento das espirais, um movimento anti-horário é sugerido pelos ângulos da cruz quebrada. Os símbolos são frequentemente mal interpretados, e as interpretações podem ser fluidas. Veja a última nota de rodapé abaixo.]
O escritor ocultista Manly P. Hall, em seu livro Os Ensinamentos Secretos de Todas as Idades, explicou a fórmula alquímica dos Rosacruzes e Maçons em termos da Grande Obra (Magnum opus). Segundo Hall, “Sempre após o Grau do Negro (o retorno ao Caos a partir do qual novas criações são possíveis) segue-se o Grau dos Neófitos, o Novo Nascimento, o que é frequentemente repetido com impressionante lucidez. O estágio negro ocorre como de costume através do fogo.” Esse simbolismo oculto obscuro, escreveu Hall, serve “para proteger [os iniciados] da perseguição da teologia despótica…” Assim, os alquimistas medievais “expressaram sua filosofia em terminologia cristã, embora os grandes segredos da Arte tenham sido derivados em grande parte de adeptos egípcios ou árabes. Os muçulmanos eram mestres dos segredos herméticos, e até mesmo o grande Paracelso obteve deles a maior parte de seu conhecimento.”
A Depreciação da Alma
Como estudante da alquimia, Carl Jung escreveu: “O homem ocidental está cativo das ‘dez mil coisas’; ele vê apenas os particulares, está preso ao ego e às coisas, e ignora a raiz profunda de todo o ser.” Jung sugeriu que o homem ocidental não compreendeu sua própria alma. Ele não compreendeu Cristo, mesmo quando tenta fazer Deus à sua própria imagem. O homem ocidental não entendeu o pecado nem o mal, transformando sua alma em uma das “dez mil coisas” e, assim, depreciando-a — evadindo-se de sua responsabilidade espiritual. Jung alertou: “com o homem ocidental, o valor do eu afunda até zero.” Jung disse que é desastroso quando as pessoas “não colocam nada em suas almas e têm ‘todo Deus do lado de fora’.” Ele então argumentou: “Na verdade, a própria intimidade da relação entre Deus e a alma exclui... qualquer desvalorização desta última.” Foi observação de Jung que a civilização cristã tomou um rumo errado, tropeçando por um beco sem saída rumo à ausência de alma. “A civilização cristã,” escreveu ele, “provou-se oca em grau aterrador: é toda verniz, mas o homem interior permaneceu intocado e, portanto, inalterado.” Jung concluiu assim que “não conseguimos cristianizar a alma a ponto de que nem mesmo as exigências mais elementares da ética cristã consigam exercer qualquer influência decisiva sobre as principais preocupações do europeu cristão.”
A prova da afirmação de Jung aparece na história dos últimos cem anos. Imagine a Alemanha cristã, que frequentava igrejas, sucumbindo ao nazismo. Imagine a Rússia ortodoxa sucumbindo ao marxismo. Imagine os Estados Unidos sucumbindo ao feminismo, à agenda do aborto e à comercialização de tecidos de bebês não nascidos. Com isso vemos que a cristandade está oca, ou tornou-se oca. Uma desintegração da alma ocidental ocorreu, conduzindo-nos ao “Preto mais negro que o preto” — um lugar interior de terror e Caos. Aqui encontramos o totalitarismo moderno em todas as suas formas — nacionalista, socialista e nacional-socialista — rastejando para trás, rumo ao caos.
O homem ocidental tornou-se vulnerável. O mal pode fazer dele o que quiser. Por todos os lados estão os bonecos de pano do diabo. Teria algum mago aberto um portal para o Inferno, de onde um exército de demônios invadiu a Terra? Teriam as antigas lojas ocultistas da Europa se envolvido em experimentos perigosos? Ou foi apenas a feitiçaria de alguns excêntricos? Como aprendemos, Karl Marx era fascinado por Mefistófeles e pela mágica da “dialética.” As raízes “mágicas” do nazismo podem ser rastreadas até Dietrich Eckhardt e a Sociedade Thule. Os símbolos desses movimentos, como já foi dito, são sugestivos.
Quase dois séculos atrás, textos mágicos foram encontrados nas ruínas da biblioteca do rei Assurbanípal, em Nínive. Entre esses textos mágicos havia um antigo texto caldeu para invocar os Sete Espíritos Malignos. Mesmo em tradução, essas inquietantes invocações são sombriamente sugestivas; sua cadência sinistra é carregada de ameaça. Dada nossa estupidez espiritual, que defesa poderíamos oferecer caso tais entidades fossem libertadas hoje?
O amanhecer dos magos
Jack Parsons, cientista de foguetes que fundou o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) no Cal-Tech, era discípulo do infame mago britânico Aleister Crowley. Na verdade, Parsons era fascinado por algo que Crowley havia feito em janeiro de 1918. Naquela época, Crowley realizou uma operação mágica enquanto vivia em Nova York, na Central Park West. O objetivo de Crowley era materializar um ser interdimensional abrindo um portal. Supostamente, Crowley teria realizado esse feito bizarro com a ajuda de uma médium chamada Roddie Minor. Após semanas de magia sexual e cerimonial, Aleister e Roddie passaram por uma série de visões que culminaram na transfiguração de uma entidade interdimensional chamada “Lam”, que guardava uma semelhança impressionante com um alienígena cinzento moderno. Supostamente, Crowley fechou o portal de Lam após a operação. Contudo, esse portal foi reaberto em 1946 por Jack Parsons e pelo fundador da Cientologia, L. Ron Hubbard. Toda a ideia de materializar um “homúnculo” (um pequeno alienígena cinzento) estava de algum modo relacionada ao que Crowley chamava de “a Nova Era de Hórus”, que deveria substituir a “era moribunda de Osíris.” Parsons e Hubbard também tentaram manifestar a Prostituta da Babilônia como um “espírito bebê” que pudesse ser colocado em um útero. Sobre isso, Crowley escreveu uma carta em que dizia: “Aparentemente Parsons e Hubbard ou alguém está produzindo uma criança da lua. Fico bastante frenético quando contemplo a idiotice desses patetas.”
Testemunhas nas proximidades de Parsons e Hubbard, incluindo Marjorie Cameron — substituta da Prostituta da Babilônia — começaram a ver OVNIs após o reaparecimento de Lam. Para explicar o projeto mágico mais amplo por trás de tudo isso, é útil recorrer ao livro de Aleister Crowley, Magick, à seção intitulada “Do Sacrifício Sangrento.” Com referência à “materialização” de entidades, lemos: “…o sacrifício sangrento, embora mais perigoso, é mais eficaz; e para quase todos os propósitos o sacrifício humano é o melhor.” E se você for verdadeiramente ambicioso no sentido de substituir a Era de Osíris pela Era de Hórus: “Há uma Operação Mágica da máxima importância: a Iniciação de um Novo Aeon. Quando se torna necessário pronunciar uma Palavra, o planeta inteiro deve ser banhado em sangue. Antes que o homem esteja pronto para aceitar a Lei de Thelema, a Grande Guerra deve ser travada. Este Sacrifício Sangrento é o ponto crítico da Cerimônia Mundial da Proclamação de Hórus, o Menino Coroado e Conquistador, como Senhor do Aeon.” Sobre os detalhes do sacrifício sangrento, Crowley escreveu: “Para o mais elevado trabalho espiritual, deve-se, portanto, escolher aquela vítima que contenha a maior e mais pura força. Uma criança do sexo masculino, de perfeita inocência e alta inteligência, é a vítima mais satisfatória e apropriada.”
Para constar, Crowley não se considerava um satanista. “O Diabo não existe,” insistia ele. “É um nome falso inventado pelos Irmãos Negros para implicar uma Unidade em sua confusa mistura de dispersões. Um diabo que possuísse unidade seria um Deus.” Após escrever essas palavras, Crowley acrescentou: “É, contudo, sempre fácil chamar os demônios, pois eles estão sempre chamando você; e você só precisa descer ao nível deles e confraternizar com eles. Eles então irão despedaçá-lo a seu bel-prazer.” É curioso que Crowley também não se considerasse um mago negro, embora tenha escrito um capítulo sobre como praticar magia negra. Como ocultista, Crowley era algo de um esnobe. Sobre os espiritualistas e necromantes, escreveu de forma mordaz: “Eles se tornam perfeitamente passivos e, longe de empregar quaisquer métodos de proteção, deliberadamente convidam todos e quaisquer espíritos, demônios, cascas dos mortos, todo o excremento e imundície da terra e do inferno, para esguicharem sua gosma sobre eles.” Soando quase como um pastor cristão, Crowley advertiu: “Eles são contagiosos como a sífilis, e mais mortais e repugnantes. A menos que sua aura seja forte o suficiente para inibir qualquer manifestação das larvas repugnantes que se alojaram neles, evite-os…”
Crowley também tinha palavras duras para o grosso das fraternidades ocultistas. Ele considerava a “Societas Rosicruciana Maçônica” como “honesta e inofensiva.” Os membros dessas sociedades ocultas, acrescentava, “costumam ser pomposos intrometidos” que são governados “por pessoas que afirmam representar a Verdadeira Antiga Fraternidade…” Essas sociedades secretas, escreveu, são um embuste comum. Os inúmeros teóricos da conspiração atuais, que acreditam em falsificações, cometem erros de contexto e têm pouquíssimo conhecimento de história, se assustam ao imaginar que os “pomposos intrometidos” de Crowley são os verdadeiros malfeitores da era. Mas não, dizia Crowley, eles são palhaços que carecem de verdadeira compreensão.
Magia Ritual, Conspiração e a KGB
A “operação” de Crowley para trocar um Aeon por outro não foi única. A fórmula alquímica, citada por Hall, tem séculos de idade. Toda a ideia é provocar um ciclo de destruição com o propósito ostensivo de criar algo novo. Aqui, o equivalente aos Sete Espíritos Malignos é invocado por neopagãos furiosos (ou ateus) determinados a esmagar a cristandade e erguer um novo edifício pagão. E a cristandade, esvaziada pelo materialismo e pela “diversão”, está pronta para ser esmagada. Aqui, rituais ocultos de destruição, supostamente usados para inaugurar uma Era de Ouro, podem não passar de um truque demoníaco para facilitar a próxima refeição alegre de Belzebu.
Poderia o massacre de milhões coincidir com um ritual mágico? Um exame superficial das operações militares bem-sucedidas de Hitler nos apresenta um quadro claro de “conquista por meio do círculo mágico.” A suástica dos nazistas se inclina em direção anti-horária se vista como uma espiral cujos braços são dobrados para trás por seu giro circular; portanto, é estranho que as conquistas de Hitler tenham seguido um padrão perfeitamente anti-horário. Atacando a Leste, em setembro de 1939, Hitler invadiu e conquistou a Polônia. Seguindo no sentido anti-horário, em abril de 1940 Hitler atacou ao norte, invadindo a Dinamarca e a Noruega. Em maio de 1940, ele atacou a oeste, conquistando os Países Baixos e a França. Em abril de 1941, Hitler continuou seu ritual anti-horário, conquistando a Iugoslávia e a Grécia (ao mesmo tempo em que Rommel avançava pelo deserto líbio rumo ao Egito). Completando o círculo, Hitler invadiu a União Soviética em junho de 1941, conquistando a Bielorrússia e a Ucrânia. Com o círculo de conquista completo, o ritual estava realizado.
Seria o círculo anti-horário de conquista de Hitler uma coincidência? Jung talvez o chamasse de uma “sincronicidade.” Ou seria, antes, uma correspondência demoníaca?
Ignoramos a realidade do sobrenatural por nossa conta e risco. Há mais de três séculos, o famoso pregador da Nova Inglaterra, Cotton Mather, ficou espantado com fenômenos inexplicáveis que ele e outros testemunharam pessoalmente — incluindo uma menina saltando pelo ar em um pônei invisível, crianças vomitando pregos e alfinetes, e uma velha lavadeira chamada Goody Glover admitindo livremente seu comércio com espíritos enquanto se recusava a remover a maldição que havia lançado sobre as crianças afligidas. O tribunal, a contragosto, enforcou Goody, e a maldição continuou até que, finalmente, Mather teve a ideia de formar um círculo de oração para quebrar a maldição. Em seu livro On Witchcraft (Sobre a Feitiçaria), Mather escreveu: “Ai de nós, os Demônios, eles enxameiam ao nosso redor, como as Rãs do Egito, nos mais Reclusos de nossos Quartos.” Ele mais tarde acrescentou: “Estou verdadeiramente persuadido de que há muito poucos assuntos humanos nos quais alguns Demônios não estejam insinuados; não há sequer uma jornada planejada, sem que Satanás tenha uma mão em atrapalhá-la ou facilitá-la.”
Examinar brevemente o papel do ocultismo na história, como estamos fazendo aqui, é sempre problemático e sujeito a mal-entendidos; pois qualquer menção ao oculto favorece tanto os céticos zombeteiros quanto os crédulos. Admitir que esses fenômenos existem é uma coisa. Dizer exatamente o que tudo isso significa, ou como podemos lidar com isso, é outra bem diferente. O tema nos expõe a teorias conspiratórias malformadas que tentam explicar tudo em termos de um único agente causal: sejam os maçons, os judeus, os illuminati, répteis do espaço ou o próprio Diabo. Tais teorias não deixam espaço para a Providência nem para centenas de outros fatores. Toda ação eficaz é reservada aos poucos malévolos — ou ao Diabo. Nada resta a Deus ou aos homens. Robert Shea e Robert Anton Wilson satirizaram essa visão ocultista/conspiratória em sua trilogia Illuminatus, de 1975, referindo-se ao “Dealey Lama” sob a Dealey Plaza, orquestrando um pelotão de fuzilamento para matar JFK.
Admitidamente, a maioria dos ocultistas são charlatães e a maioria das teorias conspiratórias são embustes. A teosofia de Blavatsky é uma colcha de retalhos de plágios. O movimento Nova Era adiciona feitiços e cartas de Tarô ao poder do pensamento positivo. Os maçons podem ser mais sofisticados que os adeptos da Nova Era, mas Crowley dizia que eles eram pomposos intrometidos — e Crowley estava em posição de saber. Voltando-nos aos totalitários da Alemanha nazista, da Rússia e da China, encontramos uma vilania mais assassina e eficiente. Os comunistas e os nazistas têm sido frequentemente intrometidos, mas nunca inofensivos.
Desde que os nazistas foram derrotados em 1945, o mal consolidou sua posição nos movimentos revolucionários de esquerda, promovendo o que só pode ser chamado de políticas de inversão satânica — ou seja, políticas de suicídio nacional e cultural. Durante a Guerra Fria, chamávamos essas pessoas de “comunistas.” É claro que os comunistas não podem reivindicar um monopólio absoluto do mal. Afinal, os nazistas podem ensaiar um retorno. Ou talvez sejam os jihadistas. Ou talvez, se a CIA conseguisse se libertar do controle de Moscou e Pequim, pudéssemos citar a própria CIA como entidade maligna por direito próprio. Temos pessoas ricas que se alinharam com os chineses ou os russos, na maioria das vezes para ganhar dinheiro. Nesse sentido, vale a pena perguntar como devemos classificar nossos Jeffrey Epsteins, nossas encobridas Franklin e nossos Pizzagates. Minha impressão é que esses são apenas vislumbres de um tipo muito sofisticado de subversão, baseado nos círculos pedófilos da KGB de Andropov (organizados pela primeira vez na década de 1970).
Para aqueles que acham que os maçons, os illuminati ou os “banqueiros” estão por trás de tudo, um fato histórico deveria lançar dúvidas sobre essa tese recorrente: Heinrich Himmler teve acesso a arquivos de todas as lojas maçônicas da Europa. É conhecido que a máquina de matar nazista era zelosa em “liquidar” ou prender astrólogos, magos e ocultistas de toda espécie. Um oficial aposentado da inteligência americana certa vez me disse que, quando Hitler capturou Paris em 1940, os maçons franceses estavam entre os primeiros a serem caçados, presos e mortos. Mas os nazistas não puderam concluir seu trabalho, derrotados como foram em 1945. Naquele ano, o arquivo de Himmler sobre as organizações ocultas da Europa foi capturado pelo Exército Vermelho e levado a Moscou.
E quanto aos russos? Não devemos esquecer que a Rússia tem seus próprios institutos de pesquisa parapsicológica. Sabemos, por testemunhos de desertores, que os subsolos da Lubianka testemunharam muitos experimentos ocultistas. Apesar dos magos negros e sociedades secretas, se os nazistas conseguiram intimidar e suprimir organizações ocultistas por toda a Europa ocupada, Moscou poderia fazer ainda melhor ao colonizá-las. E dado o que Aleister Crowley disse sobre as fraternidades ocultas de seu tempo — o quão “inofensivas” e “pomposas” elas eram —, com que magia poderiam elas resistir à KGB? É inconcebível que os intrometidos inofensivos da maçonaria dominassem os intrometidos muito perigosos de Moscou. Além disso, se o protegido de Aleister Crowley invocou um homúnculo sinistro no deserto do Novo México, o perigo poderia muito bem ser triplicado se os serviços de segurança de Stálin estivessem por perto para montar nas costas do fenômeno resultante.
O Que Significam os Magos?
Os ocultistas gostariam de acreditar que podem traçar sua linhagem até as religiões de mistério da Grécia e do Egito antigos. E talvez possam. Mas será que realmente sabemos o que essas religiões antigas ensinavam? As escolas de mistério da Grécia e do Egito foram esmagadas, há eras, pela Igreja. Confiar em alguns poucos textos herméticos surgidos do sincretismo pagão dos séculos II e III dificilmente é algo autoritativo. Como todos aqueles autoproclamados wiccanos do movimento Nova Era, os maçons são homens modernos brincando com símbolos pré-modernos. Eles sequer sabem com o que estão brincando?
Exceto pelas influências da Índia e do budismo, o ocultismo ocidental é em grande parte uma mistura de hermetismo, gnosticismo e neoplatonismo (com um pouco de cabalismo judaico adicionado). Acontece que antigos escritos herméticos foram redescobertos durante o Renascimento italiano. Alguns desses textos chegaram a Florença, onde a família bancária dos Médici demonstrou especial interesse em estudá-los e traduzi-los. A partir disso, surgiram novos textos e especulações, bem como os magos dos séculos subsequentes, incluindo nomes famosos como Dr. John Dee, Michel de Nostradamus e Alessandro di Cagliostro.
Os magos e ocultistas exercem influência sobre a história? A resposta curta é: não. Os magos da história raramente foram capazes de determinar seu próprio destino, quanto mais o destino da humanidade. Uma massa de tolices confusas tem sido escrita sobre os magos e ocultistas da história, sobre sociedades secretas e conspirações ocultas. Aqueles que não conhecem a história não estão apenas condenados a repeti-la; estão condenados a mal compreendê-la. Talvez o ocultista mais eficaz dos últimos quinhentos anos tenha sido Michel de Nostradamus. Ele nunca governou um reino. Nunca fez políticas. Mas, pelo suposto uso de um espelho mágico, ele conseguiu deixar a Rainha da França furiosa. Que valor, então, teve toda sua adivinhação e astrologia?
Michel de Nostradamus escreveu uma carta ao Rei Henrique II da França, datada de 27 de junho de 1558. Nela, Nostradamus previu uma “perseguição contra a Igreja Cristã [maior] do que jamais houve na África, e ela ocorrerá no ano de 1792, quando todos pensarão tratar-se de uma renovação da era…”. Ora, 1792 foi o ano em que a monarquia francesa caiu e a Revolução Francesa começou a perseguir violentamente a Igreja. Em setembro daquele ano, três bispos e mais de duzentos padres foram massacrados por turbas revolucionárias. Centenas de padres e freiras foram presos e encarcerados. Como conseguiu Nostradamus prever com tamanha precisão?
Apesar de todos os charlatães, das previsões erradas, das filosofias desastrosas, algo autêntico ocasionalmente espreita para nós “do lodo do ocultismo.” Alertando sobre uma futura revolta pagã contra o Cristianismo, Nostradamus escreveu: “o poder infernal se levantará contra a Igreja de Jesus Cristo.” Assim, começaria uma nova era, na qual governantes temporais ignorantes seriam seduzidos “por línguas mais afiadas que qualquer espada nas mãos de um louco…” Nostradamus referiu-se a isso como a “ascensão do segundo Anticristo.” E Nostradamus não foi o único a prever os efeitos duradouros da Revolução Francesa. Mas aqui, Nostradamus teve um predecessor. O cardeal Pierre d’Ailly (1350–1420) escreveu sobre “o cumprimento de dez revoluções de Saturno no ano de 1789”, época em que “o Anticristo virá com sua lei e suas seitas abomináveis…”
Carl Jung sugeriu que Nostradamus tinha conhecimento da previsão de d’Ailly, a recalculou astrologicamente e ajustou a data de 1789 para 1792. O leitor pode saber que 1789 foi o ano em que a Revolução Francesa de fato começou. Como Pierre d’Ailly nasceu em 1350, cerca de dois séculos antes de Nostradamus, estamos diante de uma obsessão bastante bizarra de dois franceses com dois anos muito significativos na futura história da França. Carl Jung explicou isso em termos do poder de uma realidade psíquica subjacente que, por meio da sincronicidade, se revela em correspondências astrológicas. Para muitos pensadores científicos modernos, a abordagem de Jung é inaceitavelmente estranha. É claro que as recentes descobertas da ciência relacionadas ao “emaranhamento quântico” apenas servem para validar os comentários de Jung, Nostradamus e d’Ailly. Muitos cristãos, obviamente, ficarão chocados ao saber que um teólogo e reformador francês deu atenção à astrologia. Mas é o que temos.
Nossos magos, como nossos estudiosos e filósofos, são humanos demais. Suas previsões não são perfeitas e, às vezes, esquecem de fechar o portal depois de invocar um homúnculo. Não acredito que ocultistas governem o mundo.

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