Fatores Morais Decidem Guerras e Revoluções (Jeffrey Nyquist – 30/03/2022)
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Fatores Morais Decidem Guerras e Revoluções (Jeffrey Nyquist – 30/03/2022)
“Na guerra, o fator moral é para o físico como três é para um”.
Napoleão Bonaparte
Diz-se que a vitória na guerra vai para os batalhões maiores. Mas Napoleão, que era um mestre na arte da guerra, discordava. Ele sugeria que os fatores morais eram mais importantes do que os números. E o que são fatores morais? Segundo o New Oxford American Dictionary, o moral é “relacionado aos princípios do comportamento certo e errado e à bondade ou maldade do caráter humano.”
Como os princípios de comportamento certo e errado podem afetar o resultado de uma batalha? A guerra é uma atividade exigente, cheia de perigos e dificuldades. Sob tais condições, honra e integridade são altamente valorizadas. Além disso, a crença na justiça de sua causa fortalece a vontade de um país em resistir. Napoleão apontou que “a vitória pertence ao mais perseverante.” Ele acrescentou: “A qualificação mais importante de um soldado é a fortaleza diante da fadiga e da privação. A coragem vem apenas em segundo lugar…”
Considere agora a possibilidade de um novo tipo de guerra em que um inimigo, em vez de lançar um ataque direto com exércitos e marinhas, ataca os alicerces morais de um país — seu caráter moral, sua disciplina moral, seus heróis e sua filosofia fundadora. Imagine um ataque que busca “desmoralizar” um país dessa forma; ou seja, arrancar dele todos aqueles fatores moralizantes que são — como disse Napoleão — “como três é para um.”
Esta é a maneira mais eficaz de enfraquecer um inimigo antes da guerra aberta. Isso não é apenas uma teoria, mas uma realidade histórica. Pense em todas as formas sutis pelas quais a força moral da América foi minada. Os comunistas e seus aliados políticos na esquerda “progressista” não apenas atacaram a moralidade tradicional, como também ofereceram uma falsa moralidade — uma moralidade que celebra o suicídio cultural e sexual. Eles aleijaram o casamento como instituição. Corromperam os tribunais. Removeram o castigo corporal das escolas. (Mas, por outro lado, você confiaria aos professores de hoje a administração da disciplina in loco parentis?) Uma onda de quebra de regras agora coincide com um regime de permissividade sem precedentes. Contratos já não são considerados sagrados, a honestidade já não é valorizada como antes. Empregados roubam de seus empregadores. Os bons modos desapareceram, enquanto artistas cometem agressões violentas e depois recebem prêmios e aplausos de pé. Em Washington, D.C., as leis são aplicadas contra um partido e não contra o outro. Essa é a moléstia que aflige todos os países ocidentais — e não é por acaso.
O movimento comunista mundial está no centro de nossa desmoralização. Os comunistas defendem um novo tipo de moralidade, que tem pouca consideração pela honestidade, respeito à propriedade, família, Deus ou pátria. Sua nova moralidade é o antirracismo, a igualdade universal, a preocupação com “o planeta”, a defesa da devassidão sexual, o aborto tendente ao infanticídio, a redistribuição de riqueza e o desarmamento unilateral dos Estados Unidos. Se alguém discorda desses novos ideais, é descartável. E à medida que a revolução da esquerda avança, o lixo é “recolhido”.
Por trás de toda a retórica confusa e da falsa moralização sobre raça e gênero, jamais devemos perder de vista o objetivo militar final do bloco comunista. Há um método estratégico por trás do ataque comunista à nossa moralidade. Se você desmoraliza um país antes da guerra, a vitória se torna mais fácil. Portanto, a moralidade no Ocidente não foi atacada por si mesma. Ela foi atacada para facilitar o caminho da vitória para o maior país do mundo (a Rússia) e o país mais populoso do mundo (a China). O que quase ninguém compreendeu é que esses dois países estão trabalhando juntos — e o fazem há muito tempo com uma quinta-coluna comunista.
Encontramos também vários países menores que trabalham com a Rússia e a China e que também estão fortemente armados — como Coreia do Norte, Cuba, Vietnã, Venezuela, Nicarágua, Angola, Congo, Síria e Irã. Considere, ainda, a África do Sul, rica em minerais. O bloco comunista é dominante em minerais estratégicos, petróleo, gás natural, fertilizantes e armas nucleares. No entanto, nenhum desses recursos importa se não houver fatores morais em operação.
O declínio moral de um povo pode ser rastreado no declínio moral de seus líderes. Se o Congresso dos Estados Unidos — uma vez descrito por Mark Twain como a “classe criminosa nitidamente nativa” da América — está agora tão desmoralizado que é tão provável que aprove leis para destruir o país quanto para defendê-lo, então que tipo de povo nos tornamos? Qualquer um que ache isso um exagero precisa apenas olhar para a disposição da maioria na Câmara em permitir que nosso poder de dissuasão nuclear colapse por falta de financiamento adequado, ou para a negligência do governo federal quanto à segurança das fronteiras.
Pode ser uma simplificação, já que muitos fatores estão em jogo, mas: — Dentro de nossas próprias almas, nossos flancos espirituais foram contornados há muito tempo; pois a verdadeira guerra tem sido travada no coração e na mente humana. Esta é a guerra que temos perdido, a guerra que se desenrola antes da chegada dos tanques, jatos, mísseis e bombas nucleares. Abrimos uma passagem para o orgulho, a ganância, a ira, a inveja, a luxúria, a gula e a preguiça. O lado sombrio da natureza humana está sempre evidente durante um período de declínio, durante um período de materialismo. Pense no que um pequeno verme rosado faz em um dia quente com uma carcaça fria.
A guerra que começou no Leste Europeu surpreendeu muitos observadores. Mas a maior surpresa é o espírito de luta dos ucranianos, que possuem fatores morais que o lado russo não tem. Ouve-se o moralismo de americanos que dizem que prisioneiros russos foram assassinados ou torturados pelo lado ucraniano. Tais incidentes, por mais lamentáveis e injustificáveis que sejam, não anulam o balanço moral mais amplo. A Ucrânia está lutando por sua existência. E esta é a mesma posição moral ocupada pela Finlândia durante a Guerra de Inverno, ou pela Grã-Bretanha durante o Blitz, ou pelos russos entre 1941 e 1943.
“Na guerra,” disse Napoleão, “o fator moral é para o físico como três é para um.” O chamado milagre da defesa da Ucrânia contra a Rússia não é uma função da incompetência russa. O chamado milagre na Ucrânia é uma função de fatores morais que estão na raiz da Revolução Euromaidan de 2014.
Já disse antes que os russos, se perseverarem, provavelmente romperão a defesa ucraniana quando o solo estiver seco. No entanto, a Rússia agora precisa suportar uma guerra de atrito por oito a dez semanas. O Exército russo possui resistência para isso? A Rússia possui os fatores morais necessários? Apesar de tudo que temos ouvido na televisão, as tropas russas talvez se revelem mais resilientes do que imaginamos. Só o tempo dirá. O método mais importante e frequentemente utilizado na guerra, disse Carl von Clausewitz, “é desgastar o inimigo. Essa expressão é mais do que um rótulo; ela descreve o processo com precisão, e não é tão metafórica quanto pode parecer à primeira vista. Desgastar o inimigo em um conflito significa usar a duração da guerra para provocar um esgotamento gradual de sua resistência física e moral.” (Livro Um, Capítulo Dois)
Só o tempo dirá.
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Não adianta destruir a sociedade se quem pratica não lucrara nada.
Se existe uma queda sem precedentes da moral uma seguinifica um colapso sem precedentes na sociedade atual.