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Conheça a história de Alessandro Mussolini

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gepubliceerd op 02 Jun 2025 / In anders

Alessandro Mussolini era um socialista com tendências anarquistas. Filho de Luigi Mussolini e Caterina Vasumi, nasceu na casa que, em 1849, hospedara Giuseppe Garibaldi e Anita Garibaldi durante sua fuga de San Marino em direção aos Vales de Comacchio. Entrou para a política em 1873, aos 19 anos, como militante socialista revolucionário. Foi também membro da Primeira Internacional Socialista, ao lado de Friedrich Engels e Karl Marx, e atuou no conselho socialista local.
Em 1874, participou de distúrbios políticos em Predappio. Era conhecido pelas autoridades por sua violência política contra adversários. Em 1878, foi advertido pela polícia para que cessasse as ameaças de destruição às propriedades de opositores. No mesmo ano, foi preso por suspeita de envolvimento em atividades revolucionárias, permanecendo em prisão domiciliar até ser libertado em 1882, para se casar com Rosa Maltoni.
Alessandro batizou seu filho Benito Amilcare Andrea Mussolini em homenagem a Benito Juárez, Amilcare Cipriani e Andrea Costa.
Benito Juárez foi presidente do México. Deísta e maçom, confiscou os bens e terras da Igreja Católica durante seu governo e prendeu os clérigos que protestaram contra tais medidas. Sua administração iniciou uma perseguição sistemática à Igreja, com cismas, fechamento de templos e prisão de sacerdotes e religiosos. Foi deposto com a chegada da expedição francesa enviada por Napoleão III, que proclamou o arquiduque Maximiliano de Habsburgo como imperador do México. Juárez fugiu para a fronteira com os Estados Unidos, de onde liderou uma resistência armada que durou de 1864 a 1867. Após a derrota e o fuzilamento de Maximiliano I em Querétaro, Juárez foi reeleito presidente em 1867 e novamente em 1871. Com seu retorno ao poder, a perseguição à Igreja foi atenuada. Juárez também possuía ideias comunistas: em seu manifesto de 19 de agosto de 1859, prometeu obrigar os proprietários de terra a dividi-las em pequenas porções para venda.
Amilcare Cipriani era um ateu anarquista. Participou da expedição dos Mil de Giuseppe Garibaldi à Sicília e fundou o Clube Democrático, que integrou a Primeira e a Segunda Internacionais Socialistas. Lutou com Garibaldi na Segunda Guerra de Independência Italiana, apoiou a Comuna de Paris e escreveu para periódicos libertários na França e Itália, como Le Plébéien. Em 1893, no congresso da Segunda Internacional em Zurique, renunciou ao seu mandato em solidariedade a Rosa Luxemburgo e aos anarquistas excluídos do congresso. Foi eleito deputado nove vezes, mas recusou-se a tomar posse por não aceitar jurar fidelidade ao Rei da Itália.
Andrea Costa foi o fundador do movimento socialista italiano, sendo o primeiro deputado socialista do país. Colaborou com as revistas Il Martello, Fascio Operaio e La Plebe – esta última, órgão da Federação da Alta Itália da Associação Internacional dos Trabalhadores. Responsável pela separação entre socialistas e anarquistas, fundou o Partido Socialista Revolucionário da Romanha, mais tarde renomeado como Partido Socialista Revolucionário Italiano. Participou do primeiro congresso socialista de Gênova, em 1892, e ingressou no Partido Socialista dos Trabalhadores Italianos em 1893, que, no congresso de Parma de 1895, tornou-se o Partido Socialista Italiano. Ateu, foi cremado após sua morte.
Ele batizou seu filho Arnaldo Mussolini em homenagem a Arnaldo de Bréscia, discípulo de Pedro Abelardo, que exigia que a Igreja Católica renunciasse à propriedade de bens materiais. Arnaldo participou da Comuna de Roma para derrubar os Estados Papais, promovendo um cisma contra o clero católico. É lembrado como herói local por sua luta contra os abusos e a riqueza da Igreja. São Bernardo de Claraval descreveu-o em termos duríssimos: “Desordenado, vagabundo, impostor, vaso de ignomínia, escorpião vomitado de Bréscia, horror em Roma, abominação na Alemanha, desdenhado pelo Romano Pontífice, louvado pelo diabo, obrador de iniquidades, devorador do povo, boca cheia de maldição, semeador de discórdias, fabricador de cismas, lobo feroz”.
Alessandro Mussolini não acreditava em Deus e odiava a Igreja Católica. Não há dúvida de que seu filho Benito herdou esse ódio à religião tradicional, especialmente à Igreja Católica. Devido ao ateísmo de seu pai, Benito não foi batizado ao nascer, ao contrário da maioria das crianças italianas de sua época.
Alessandro e Benito eram próximos. Benito costumava ajudar o pai em seu trabalho na forja. Quando os moradores da aldeia levavam seus cavalos para serem ferrados na oficina de Alessandro, parte do pagamento era ouvir suas apaixonadas dissertações sobre socialismo. Em seu livro My Rise and Fall, Benito escreve sobre o pai: “O coração e a mente de Alessandro estavam sempre cheios e pulsantes de teorias socialistas. Suas intensas simpatias misturavam-se a doutrinas e causas socialistas. Ele as discutia à noite com os amigos, e seus olhos enchiam-se de luz.”
Em muitas dessas noites, Alessandro lia passagens de O Capital, de Karl Marx, para o filho. Através dessas leituras, transmitia a Benito seu entusiasmo pelos líderes revolucionários que admirava, especialmente Marx. Alessandro acreditava que o governo deveria controlar os meios de produção, que as condições de trabalho precisavam ser reformadas e defendia a construção de uma sociedade conduzida pela classe operária.
Alessandro possuía sentimentos nacionalistas, admirava figuras italianas com tendências socialistas e humanistas como Giuseppe Garibaldi, Giuseppe Mazzini e Carlo Pisacane. Sua visão política reunia pontos de vista como o anarquismo de Mikhail Bakunin e Carlo Cafiero, o autoritarismo militar de Giuseppe Garibaldi e o nacionalismo de Giuseppe Mazzini.
Em 1882, contribuiu ativamente para a eleição de Andrea Costa à Câmara dos Deputados. Pouco depois, Alessandro foi eleito vereador em Predappio, com expressiva votação: 107 votos num universo de 115 eleitores. A administração socialista da qual participou manteve-se no poder até meados de 1893, sofrendo uma interrupção temporária entre meados de 1899 e 1902.
Durante esse período, Alessandro destacou-se por organizar a primeira cooperativa local de trabalhadores. Além disso, colaborava com pequenos artigos e correspondências para diversos jornais socialistas e republicanos.
REFERÊNCIAS:
Jonah Goldberg, Liberal Fascism: The Secret History of the American Left, From Mussolini to the Politics of Meaning. Benito Mussolini, My rise and all.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alessandro_Mussolini
https://en.wikipedia.org/wiki/Alessandro_Mussolini
https://it.wikipedia.org/wiki/Alessandro_Mussolini
https://www.infosbc.org.br/sit....e/artigos/2627-capit
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amilcare_Cipriani
https://it.wikipedia.org/wiki/Amilcare_Cipriani
https://it.wikipedia.org/wiki/Andrea_Costa
https://www.pliniocorreadeoliv....eira.info/LEG_410928

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