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A queda da vagina de Berlim: nova tese em circulação defende a "morte" do feminismo

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Опубликован в 19 Aug 2025 / В Другой

Plano andropov à vista!

Dos mesmos criadores da morte do comunismo, agora temos a “autópsia do feminismo”.
Não serei temerário a ponto de dizer que a leitura é dispensável, até para tratar do tema de maneira completa seria necessário percorrer as 400 páginas desse livro, mas o que posso asseverar, com absoluta certeza, é de que ninguém ganha ao deixar passar em branco essas teses colocadas em circulação, porque depois de um tempo sem a devida impugnação elas se consolidam e se cristalizam na mente coletiva. Ou seja, fingir que não existe não adianta nada.
Deixo aqui alguns pontos provisórios, baseados nos vários vídeos acerca do tema e no que a própria autora comentou ao apresentar seu próprio livro em duas ou mais oportunidades.
O feminismo está morto e foi engolido por contradições envolvendo os diferentes dogmas com os quais o movimento revolucionário se bate. É o que defende a autora Débora Luciano, que se debruçou sobre a história desse movimento e agora pretende repassar essa tese em seu livro.
Ela parece trabalhar com o pressuposto de que os dogmas revolucionários são fixos, bem definidos e incapazes de fazer concessões recíprocas e exceções utilitárias. Ou se é marxista ou feminista, os dois não. As concessões que o feminismo porventura viesse fazer (como de fato já fez diversas vezes) para outras correntes o desnaturariam. Em suma, pela maneira como ela argumenta, é como se um movimento dependesse de higidez dogmática, inegociável em seus pontos e completamente autônomo às outras pautas.
Ela enquadra Judith Butler como alguém que teria declarado a morte da ideologia feminista, seguindo esta linha de raciocínio: “Sem sexo, não há mulher; sem mulher, não há feminismo, porque o movimento teria se transmutado em alguma outra coisa”.
Porém, temos razões para discordar desse pensamento. Uma ideologia ser impugnada e completamente refutada não implica na sua derrota e passagem para a inexistência ou ”morte”. As cisões e discordâncias dentro do campo socialista, ao menos no plano teórico, não implicam na eliminação da autonomia de militância e existência de movimentos políticos vinculados ao ramo socialista.
Claro, porque, se com a queda do muro de Berlim e a dissolução da União Soviética estivéssemos dispostos a concluir pelo desaparecimento do comunismo, a dissolução do conceito de sexo e a sua substituição pelo constructo de gênero seria o equivalente à derrubada de um muro fundamental que serve de sustentáculo à ideologia feminista.
Ela alega haver uma Incompatibilidade de Judith Butler com o feminismo e que a ideologia woke é totalmente incompatível com o feminismo.
Em se tratando de publicações, tem-se observado o seguinte padrão: as obras que tratam da história do movimento feminista e da sua base ideológica e metafísica têm sido escritas por mulheres, os masculinistas têm se centrado mais nos pontos práticos e abordagens breves com base nos efeitos prejudiciais produzidos pelo feminismo, quase em clandestinidade, após a ideologia já ter tomado praças institucionais como delegacias, tribunais e universidades.
Estaria em curso uma dissimulação teórica ou transmutação camaleônica do movimento? Será que, declarando a morte de um movimento, não se estaria ao mesmo tempo limpando muitas de suas consequências para que elas pudessem ser atribuídas a outra coisa? Até que ponto vida e morte são conceitos aplicáveis para vertentes ideológicas capazes de se reinventar, como se entidades vivas fossem?
Tomem cuidado com os falsos colapsos, quando tudo ao redor indica justamente o contrário.




AUTÓPSIA DO FEMINISMO - Uma Resenha. https://youtu.be/cPumtljDWbc?si=rj_TfLwJ3jeYVGSj
A Autópsia do Feminismo - Débora Luciano - Caravelas Podcast #89. https://www.youtube.com/live/I....aTCLmNzVwA?si=W12aEJ

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