O Crepúsculo dos Magos: Aleksandr Dugin e a Guerra Contra o Ocidente (Jeffrey Nyquist - 20/06/2022)
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O Crepúsculo dos Magos: Aleksandr Dugin e a Guerra Contra o Ocidente (Jeffrey Nyquist - 20/06/2022)
"Se a Quarta Prática Política não for capaz de realizar o fim dos tempos, então ela será inválida. O fim dos dias deve chegar; mas ele não virá por si só. Esta é uma tarefa, não uma certeza. É metafísica ativa. É uma prática."
— Aleksandr Dugin, A Quarta Teoria Política
O “filósofo” que mais tem feito para justificar a guerra da Rússia contra o Ocidente é Aleksandr Dugin. Ele foi o primeiro a advogar uma invasão russa da Ucrânia. Também tem defendido aquilo que chama de “a última guerra da ilha-mundo” — um conflito futuro contra os Estados Unidos e a OTAN. Seus argumentos são tão fascinantes quanto perturbadores. Conservadores desiludidos no Ocidente imaginam que Dugin — assim como Putin — seja conservador e cristão. Esta é a impressão que ele dá, embora seus escritos misturem temas da extrema-esquerda e da extrema-direita. Ao examiná-los de perto, suas ideias não são algo que Edmund Burke (o pai do conservadorismo) aprovaria.
Aleksandr Guelievitch Dugin se apresenta como filósofo e estrategista russo. Às vezes, é descrito como o “cérebro de Putin.” Como descobrimos em seus escritos, Dugin quer provocar “o fim dos tempos.” Este era o grande objetivo do “Círculo Yuzhinskii,” de onde ele surgiu há muito tempo. Era um grupo de ocultistas russos surgido nos anos 1960, empenhado em trazer de volta a “Era Dourada” antediluviana. Eles seguiriam os passos de Ninrode na construção de uma nova Torre de Babel. De fato, Dugin tentou conectar intelectualmente todas as culturas e tradições segundo a fórmula do “Tradicionalismo.” Somente a tradição ocidental, rotulada como “liberalismo,” é excluída desse “projeto.” Segundo Dugin, os “atlanticistas” (isto é, o Ocidente) devem ser destruídos e seus territórios absorvidos.
O Círculo Yuzhinskii, como diria o filósofo político Eric Voegelin, era dedicado a imanentizar o eschaton gnóstico. Não que fossem gnósticos com “G” maiúsculo. Eram aquilo que Voegelin chamaria de “gnósticos parousiásticos” — parousia significando a Segunda Vinda de Cristo. Claro que tais pessoas não acreditam realmente em Cristo. Segundo Voegelin, “O objetivo do gnosticismo parousiástico é destruir a ordem do ser, que é experimentada como defeituosa e injusta, e por meio do poder criativo do homem substituí-la por uma ordem perfeita e justa.” Para realizar isso, observa Voegelin, a origem transcendental do ser precisa ser “obliterada,” o que “exige a decapitação do ser — o assassinato de Deus.” Esse assassinato ocorre “especulativamente, ao explicar o ser divino como obra do homem.”
Aqui encontramos uma forma de ocultismo que compartilha práticas com o marxismo-leninismo. Onde o marxista-leninista usa a “dialética,” os gnósticos parousiásticos usam o esoterismo (doutrinas secretas escondidas por trás de fórmulas intelectuais e símbolos). Como sugeriu o biógrafo de Dugin, James Heiser, o círculo Yuzhinskii era mais hermético do que gnóstico, mas seus objetivos coincidem com os do marxismo — o que talvez explique a história de que Dugin “começou [em sua juventude] trabalhando num arquivo da KGB, onde teve acesso e leu grande quantidade de literatura proibida sobre maçonaria, fascismo e paganismo.”
O Círculo Yuzhinskii tinha acesso à maior biblioteca Lenin da URSS. Quem lhes deu esse acesso? Quem lhes garantiu meios para viver e trabalhar na URSS? Parece que a existência desse grupo servia a algum propósito clandestino obscuro. Haveria, no interior do regime soviético, um círculo oculto escondido? Nenhuma prova disso foi encontrada. Segundo monografias russas que não existem em inglês, o projeto de Alexei Shchusev para o Mausoléu de Lênin teria sido influenciado pelas ideias de Madame Blavatsky, autora de A Doutrina Secreta. Podemos verificar isso? Não. Mas o design do túmulo de Lênin permanece inexplicado. É uma pirâmide estilizada, construída em granito vermelho e labradorita negra, onde os restos mortais de Lênin foram mumificados. O que isso implica sobre o leninismo e os mecanismos internos do Comitê Central do PCUS é difícil de avaliar. Os homens são criaturas incoerentes. Ideologias e teologias já se misturaram de maneiras inesperadas.
É duplamente curioso que os membros do Círculo Yuzhinskii tenham começado a se autodenominar “A Ordem Negra da SS” quando estavam sob a liderança do filólogo Evguênii Golovin (n. 1936), inspirado por Iúrii Mamleev (n. 1931), um místico e romancista russo descrito como “um representante da estética do mal.” Assim como a adoção pública do Cristianismo Ortodoxo por Putin é um disfarce, também foi a adoção da Ortodoxia Russa pelo Círculo Yuzhinskii. Conforme indica a pesquisa de James Heiser, Dugin apenas presta homenagem superficial à Ortodoxia, mas não pratica de fato a religião. Ao mesmo tempo, Dugin adotou todas as armas do marxismo cultural. Como explicou em seu livro A Quarta Teoria Política: “os marxistas clássicos consistentemente exigem a insanidade...” Voltando-se à sua própria teoria, acrescentou: “A loucura faz parte do arsenal de gênero da Quarta Teoria Política.”
Como se poderia esperar de um “ex”-operativo da KGB, a Quarta Teoria de Dugin se alinha com inovações marxistas recentes. Dugin busca superar o “homem branco europeu” por meio do “igualitarismo global.” Isso não é marxismo clássico, pois Marx não era um igualitarista; mas estrategistas soviéticos há muito descobriram que o igualitarismo é uma arma útil para subverter instituições ocidentais (já que o igualitarismo é inerentemente destrutivo para a ordem social). Portanto, não é surpreendente que Dugin, como suposto Tradicionalista, afirme que homens brancos europeus são inimigos da “Tradição,” porque sustentam o liberalismo (a Primeira Teoria Política). Por isso, observou Dugin, a identidade de gênero deve ser quebrada. Aqui, Dugin ergue o liberalismo ocidental como um espantalho, descrevendo-o como um marxista o faria — como racismo, sexismo e classismo. “Agora estamos neste momento de uma reextensão pós-moderna,” escreveu Dugin, “e da quebra final do gênero. As etapas dessa ruptura são o feminismo, a homossexualidade, as cirurgias de mudança de sexo e a transumanidade.”
Dugin também comentou sobre o grau em que as elites ocidentais foram influenciadas por teorias marxistas. Ele se mostra satisfeito que essas elites estejam preparadas para superar o sexo por meio da rejeição dos opostos e da transformação da humanidade em “ciborgues.” Que operação poderia ser melhor para imanentizar o eschaton? Segundo Dugin: “Estamos na transição entre o hipermoderno e o pós-moderno, e não sabemos onde estão a verdade e a realidade.” Portanto, continuou: “numa construção pós-moderna de gênero, não haverá mais homens.”
Para destruir a ordem do ser, Dugin advoga a destruição do arquétipo do homem. Esse arquétipo, escreveu ele, está se desfazendo em pedaços. Os conservadores podem tentar o quanto quiserem, mas não poderão reconstruir o “homem” uma vez que ele tenha sido desconstruído. A única opção então será “a androginia, como praticada pelos anjos.” Aqui vemos que Dugin é um feiticeiro, jogando ideias de diversos pensadores num caldeirão sobre o qual repete encantamentos sombrios, como as bruxas de Shakespeare em Macbeth:
Duplo, duplo, trabalho e encrenca;
Fogo arda e caldeirão borbulhe.
Filé de serpente de pântano,
No caldeirão ferva e asse;
Olho de tritão e dedo de rã,
Lã de morcego e língua de cão,
Língua de víbora e ferrão de cega-regra,
Perna de lagarto e asa de coruja,
Para um feitiço de grande encrenca,
Como um caldo infernal ferva e borbulhe.
Dugin joga pedaços e fragmentos de filósofos para ferver e assar seu caldo infernal — sua Quarta Teoria Política. “A Rússia está investida de uma missão num momento apocalíptico da história,” disse Dugin a um entrevistador americano. “A Rússia vai realizar algo de importância global; mas é muito difícil descrever. É algo metafísico... algo mais misterioso.”
Há até mesmo sósias místicos no caldo infernal de Dugin. Em sua entrevista com John David Ebert, ele disse: “existem dois Putins....” Dugin então se referiu à teoria de Ernst Kantorowicz de que um monarca possui dois corpos — um corpo corpóreo e um “corpo político” místico. Entregando-se à sua habitual pirotecnia metafísica, Dugin tomou emprestado da teologia católica para traçar um círculo mágico ao redor do assassino ditador russo. É, de fato, uma operação apropriada para um mago negro — e uma que poderíamos esperar ver. Então, durante essa mesma entrevista de 23 de maio, Dugin diz a Ebert: “Esse corpo místico de Putin... está ligado à missão russa, à lógica da história russa, e às vezes Putin dá o sinal de que está em conexão direta com essa dimensão imperial da história russa, com sua dimensão apocalíptica — uma dimensão sagrada e santa de nosso destino.”
Explicando sua própria influência mística sobre Putin, Dugin disse: “O espírito sopra onde quer. O espírito não depende do modo normal de influência; por exemplo, há tantas pessoas ao redor de Putin que o veem regularmente e não têm nenhuma influência sobre ele. Zero influência. Então não se trata de quantidade. Trata-se de qualidade, eu diria. Nossas relações estão mais no nível dessa identidade profunda do que na superfície.”
Ebert então interveio: “Mas você já se encontrou com ele, pessoalmente?” Dugin respondeu: “Nunca respondo a essa pergunta.” Isso foi dito em voz baixa, e Ebert ficou com uma expressão confusa no rosto, sem saber o que fazer com a não-resposta de Dugin. Encerrando a entrevista, Ebert parabenizou Dugin como sendo o tipo de pensador com o qual se identificava. Trata-se, é claro, de um pensamento gnóstico, conforme descrito por Eric Voegelin. No entanto, Ebert não tem a menor noção dos objetivos gnósticos de Dugin. Voegelin escreveu: “Por movimentos gnósticos entendemos tais movimentos como o progressismo, o positivismo, o marxismo, a psicanálise, o comunismo, o fascismo e o nacional-socialismo.” Agora podemos acrescentar o duginismo à lista de Voegelin.
Dugin é o arquiteto de uma “religião de substituição” que pode ser reduzida ao marxismo. O projeto central de toda religião de substituição é substituir Deus pelo homem, criando assim o paraíso na terra. Na prática, porém, essas religiões de substituição levam à morte em massa. “A natureza de uma coisa não pode ser alterada,” escreveu Voegelin; “quem tenta ‘alterar’ sua natureza destrói a coisa. O homem não pode se transformar em super-homem [ou no homem soviético]. Historicamente, o assassinato de Deus não é seguido pelo super-homem [ou homem soviético], mas pelo assassinato do homem: o deicídio dos teóricos gnósticos é seguido pelo homicídio dos praticantes revolucionários.”
Ao refletirmos sobre Dugin e a fascinação do Círculo Yuzhinskii pelo nazismo, podemos lembrar do ocultista Dietrich Eckart, que supostamente disse em seu leito de morte: “Sigam Hitler. Ele dançará, mas sou eu quem escreveu a música...” Eckart formulou a noção de que os crimes cometidos pelo Messias da Alemanha eram justificados independentemente dos meios. O mundo só se curaria, argumentava Eckart, “após uma guerra sangrenta de aniquilação contra o exército unido dos ‘trolls’...” Dugin prestou um serviço semelhante a Putin. Em seu esquema, o exército unido dos trolls nada mais é do que a OTAN; e Dugin elaborou uma justificação detalhada para agressões militares em série — primeiro contra a Ucrânia, depois contra a OTAN e os Estados Unidos.
No livro de Dugin, A Última Guerra da Ilha-Mundo, afirma-se que uma guerra futura contra os Estados Unidos é inevitável. Dugin argumenta que Putin deve desafiar inequivocamente o atlantismo, ou a Rússia desaparecerá no esquecimento. Segundo Dugin, a “expansão [é necessária] até as fronteiras naturais do noroeste da Eurásia... com a perspectiva de estender sua zona de influência além de seus limites, talvez em escala planetária.” Dugin acrescentou que a queda da URSS foi “um passo catastrófico para trás.” O objetivo da Rússia deve ser controlar toda a Eurásia “a partir da posição do centro do continente interior.”
Esse é o dogma do eurasianismo, quase idêntico aos ensinamentos que Hitler absorveu dos membros da mística Sociedade Thule em Munique, no início da década de 1920 (veja-se especialmente Karl Ernst Haushofer e Rudolf Hess). O Círculo Yuzhinskii, do qual Dugin emergiu, era fascinado pelo Nacional-Socialismo. Contudo, o projeto mais curioso em que estiveram envolvidos nos últimos anos da União Soviética foi a formação da Sociedade Pamyat, oficialmente conhecida como Frente Patriótica Nacional (FPN), uma organização ultranacionalista russa que, exteriormente, se identificava com o Cristianismo Ortodoxo (enquanto, interiormente, adotava terminologia nazista).
Segundo Heiser, a Pamyat foi apoiada por “indivíduos altamente colocados no Comitê Central, na KGB e nas forças armadas [da URSS]...” Parece que experimentos estavam sendo conduzidos em toda a URSS na década de 1980. Tentativas estavam sendo feitas para alinhar sinteticamente a extrema-direita aos objetivos comunistas. Operações desse tipo podem ser rastreadas até a infiltração soviética da diáspora nazista nos anos 1940. Portanto, não surpreende que, durante a década de 1980, grupos neonazistas por toda a Europa tenham sido infiltrados pela KGB ou formados por agentes da KGB. Esforços tremendos foram feitos para apropriar-se e sintetizar ideias da extrema-direita, mesmo que apenas para explorar suas potentes propriedades antiocidentais. Acontece que a extrema-direita não possui uma ideologia unificadora. Ela existe apenas como mil estilhaços. Nos anos 1980, a KGB fez a pergunta: “Como reunir esses estilhaços?” E ainda: “Como esses estilhaços poderiam ser mobilizados e fundidos com a esquerda comunista?” Essa estratégia de convergência entre esquerda e direita levaria anos para se desenvolver — e, no entanto, desenvolveu-se. Putin estendeu a mão à extrema-direita, e elementos da extrema-direita gravitaram para sua órbita. Não é por acaso que a Quarta Teoria Política de Dugin tenta combinar temas ideológicos da direita e da esquerda ao focar no inimigo comum de ambas: o liberalismo clássico ocidental.
Dugin controla a trajetória ideológica de Putin? Talvez o alinhamento entre Dugin e Putin indique uma estratégia comum — um plano de longo prazo orquestrado por um “centro estratégico secreto”. Dugin pode não ser um pensador tão independente quanto supomos. Por exemplo, em 2009, Dugin começou a defender uma guerra total contra a Ucrânia. Isso foi cinco anos antes da guerra no Donbass se acender, em 2014. Seria isso clarividência da parte de Dugin, ou ele estava apenas seguindo um plano? Segundo Heiser, “O governo ucraniano há muito reconhece Dugin como inimigo da Ucrânia; de fato, o governo ucraniano o declarou formalmente persona non grata por cinco anos, a partir de junho de 2006, ‘por violar a legislação ucraniana’.” Quando Dugin tentou entrar na Ucrânia em 2007, Kiev o deportou por tentar “desestabilizar o país.” O Kremlin retaliou contra a Ucrânia pela deportação de Dugin ao se recusar a permitir que Mykola Zhulinsky entrasse na Rússia. Por que Moscou protegeria Dugin com tanto zelo?
Como defensor da guerra, Dugin gosta de citar Heráclito no sentido de que “a guerra é o pai de todas as coisas.” Há verdade nessa afirmação melancólica, mas Dugin não é de modo algum melancólico. Pelo contrário, ele é exuberante. Dugin afirma que os Estados Unidos e a Rússia representam dois polos dos quais brota “um ódio inexorável e terrível.” Em uma entrevista de 1998, Dugin fez os seguintes comentários: “Se a Nova Direita europeia nos escolhe [a nós, russos], isso significa que escolhe o elemento bárbaro, e portanto deve escolher os nossos métodos de ação.” Em seguida, Dugin explicou: “Você deve pegar uma faca, colocar uma máscara, sair de casa à noite e matar pelo menos um ianque.” Ele então acrescentou: “Não sei se algum dos ativistas da Nova Direita já esteve sob cerco de artilharia, mas o nosso povo não apenas vai a reuniões ou luta nas barricadas, também vai para guerras reais, por exemplo no distrito do Dniestre [Moldávia], ou na Iugoslávia... A Nova Direita é apenas um projeto, e nós somos seus arquitetos. O futuro é verdadeiramente nosso.”
A retórica de Dugin lhe causou problemas em 2014, quando disse: “Os ucranianos de hoje são uma raça de degenerados que saíram do esgoto. O genocídio é necessário.” Ele acrescentou, famosamente: “Matem, matem e matem ucranianos.” E também: “Devemos matar todos os ucranianos.” Como James Heiser colocou ironicamente, Dugin está promovendo a causa da guerra com notável erudição. Ele, de fato, temperou o velho vinho da Guerra Fria com uma safra quente de guerra, vertendo a mistura letal em garrafas novas com a palavra “conservador” nos rótulos.
Heiser explicou: “Para aqueles que se lembram da Guerra Fria, a ‘face geopolítica’ do eurasianismo é bastante familiar, porque tem uma semelhança de família com a ‘face geopolítica’ do marxismo-leninismo.” Essa semelhança não é acidental, e mostra que Dugin desenvolveu uma ideologia séria de centro-direita — uma astuta fachada para o núcleo leninista do Estado sucessor soviético. Dugin conhece bem a história e a filosofia, e ainda possui conhecimento esotérico como bônus. Talvez Dugin imagine que, se as autoridades russas fingirem ser eurasianistas, acabarão se tornando eurasianistas do tipo dele. Sem dúvida, a mesma ilusão anima a camarilha leninista no poder, mesmo enquanto se preparam para enviar tropas à Nicarágua de Daniel Ortega. Que Dugin brinque com seus bonecos de vodu. Ele serve à Revolução Mundial e é, no fim das contas, um instrumento do marxismo.
Toda inconsistência retórica se resolve quando se trata de estratégia. Observe o que os russos fazem e compare com o que disseram. Observe o que Dugin diz e veja o resultado. A Rússia se alinhou com países comunistas e não com países “conservadores” (por exemplo, o Irã revolucionário segue uma versão de teologia da libertação do islamismo). A Rússia está agora em rota de guerra. Movimentos militares estão em andamento. Os governos russo e chinês estão acelerando seus preparativos para a guerra. Eis uma aliança que ameaça a existência do Ocidente. Quem compreenderá isso? Para aqueles de meus antigos amigos que não mais falam comigo porque tomaram partido da Rússia e de Putin — e me bombardeiam com propaganda russa sobre nazistas ucranianos corruptos — ofereço esta breve jornada dentro do “cérebro de Putin” (isto é, Dugin). É vergonhoso que vocês não tenham feito sua lição de casa. É duplamente vergonhoso que desprezem um velho amigo para tomar partido de um velho inimigo.
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