Confissões de soldados norte coreanos escravizados (Luís Dufaur)
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Milhares de soldados norte-coreanos retornaram ao seu país, deixando para trás os corpos de centenas — possivelmente milhares — de colegas abandonados nos campos da Rússia.
Muitos deles cometeram suicídio, temendo que suas famílias fossem enviadas a campos de concentração caso se soubesse que haviam sido feitos prisioneiros, segundo reportagem do The New York Times International Weekly.
As tropas norte-coreanas vinham sofrendo pesadas baixas em uma guerra estrangeira, travada em território desconhecido, enquanto o governo mantinha seu povo na ignorância quanto à tragédia.
Memorandos encontrados nos corpos de soldados norte-coreanos mortos indicam que o governo instara suas tropas — altamente doutrinadas — a tirarem a própria vida antes de serem capturadas.
Um soldado norte-coreano estava prestes a se explodir com uma granada, gritando o nome do ditador Kim Jong-un, quando foi alvejado por tropas ucranianas, segundo testemunhas.
Deitado em uma cama, com ambas as mãos envoltas em bandagens, um dos dois prisioneiros de guerra norte-coreanos relatou que foi enviado à linha de frente sob o pretexto de que participaria apenas de um “treinamento”.
Quando questionado se gostaria de voltar para casa, respondeu: “Eu quero viver aqui” (Ucrânia).
O outro prisioneiro apenas balançou a cabeça quando lhe perguntaram se sabia onde estava.
O vídeo “mostrou que as tropas norte-coreanas estão sendo desperdiçadas como bucha de canhão”, afirmou Kang Dong-wan, especialista em Coreia do Norte da Universidade Dong-A, na Coreia do Sul.
Os dois prisioneiros pertenciam ao braço de inteligência do exército norte-coreano, e o governo prometeu tratá-los como “heróis”, segundo legisladores sul-coreanos.
Os soldados vinham realizando ataques imprudentes, sem apoio de artilharia.
De acordo com analistas e autoridades sul-coreanas, o ditador comunista teria recebido bilhões de dólares em petróleo e armas em troca do envio de tropas à Rússia.
Contudo, a mobilização foi tão apressada que os soldados norte-coreanos ingressaram na guerra mal preparados — especialmente contra ataques com drones.
Ao expor o rosto de um soldado norte-coreano e seu desejo de permanecer na Ucrânia, sua segurança foi comprometida, caso venha a ser devolvido à Coreia do Norte, onde seria considerado um traidor.
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