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Dependência emocional, depressão e alcoolismo.

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Published on 27 Apr 2021 / In Film & Animation

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suinocultor
suinocultor 3 years ago

Tive um tio, o irmão mais novo da minha mãe, um cara que era nota dez, inteligente, simples, pequeno agricultor e produtor de leite, com quem convivi muito na minha infância quando passava os finais de semana na chácara do meu avô. Tinha mais consideração por ele do que pelo meu próprio pai, mas acabou se afundando no alcoolismo após conhecer a capivara com quem se casou. Iniciaram o namoro depois que ele a atropelou com a kombi que usava no transporte de leite, um acidente com ferimentos leves. Todos tinham a sensação que a união não perduraria, mas ele foi em frente. Na saída da igreja, ao fim da cerimônia religiosa, por não ir com a cara dela, eu e meus primos pegávamos os grãos de arroz e atirávamos no casal como se fossem pedras (hoje me sinto um pouco mal por isto, mas na época foi engraçado, eu tinha cerca de 15 anos). Após alguns anos, sendo ela uma modernete da cidade, não se adaptou à vida rural e nenhum dinheiro que ele ganhava era suficiente, não parava mais em casa e rolou um boato que ela o estava traindo com o prefeito da cidade. Tinha a sensação que ele era daquelas cabeças antigas que não aceitava uma separação. Com o alcoolismo pesado, chegando a tomar gasolina (fato este que também não deixa de ser cômico, mais uma honk pill), acabou dando um tiro de espingarda no céu da boca na copa da casa do meu avô, caiu sentado e com parte dos miolos grudados no teto. Minha família ficou arrasada por anos, minha tia surtou e precisou de tratamento psiquiátrico, e parece que uma assombração se assentou na propriedade, nada mais deu certo. Foi uma perda irreparável. Moral da história: "case que é gostoso, eu não vejo a hora de me casar". Abraço Vitor e a todos!

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